sábado, agosto 16, 2008

Resenha


Sou um louco,
Um profeta,
Um visionário...
Filósofo de merda,
E um péssimo cientísta político...
Sou aquele que sabe de tudo,
Mas me convenci de que não sei de nada...
E fui tão bom nisso e acabo de nada sabendo mesmo...
Mas acima de tudo sou poeta,
E aprendi a ver a vida com olhos românticos.
O que pra mim vai ser
A minha eterna desgraça e perdição...
Mas não precisa temer.
Apredi tbm a não morder,
A retribuir um afago
E a usar o jornal.
Fui bem treinado...

Paranóia

"Quem guardará os guardiões?" **
A quem demos as chaves de nossas prisões?
Nos fechamos dentro de nossas propias almas.
E quando alguém fora bate palmas.
Dizemos: "Não tem ninguém..."
Com as campanhias desligadas.
Olhos e janelas fechados.
Reclamamos da solidão...
Não vemos que somos nós mesmos os carcereiros.
Guardas vigias e olheiros.
Donos das chaves de nossas celas.
E que só estamos enclausurados nelas.
Porque temos medo de pensar...
De abrir os braços e voar...
Ou de ir na esquina comprar pão...
E como o poeta disse um dia:
"Eu não saio de dentro de mim, nem para pescar..."

**De As Sátiras do filósofo Romano Decimus Iunius Iuvenalis.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Pequena



O ódio me deu forças.

Mas a fé me deu mais.

Ela me trouxe de volta à vida.

E quando me abri pra vida.

Ela me trouxe você.

E você me deu forças.

Para assim cheguei aos céus...

E descobri que o importante não é voar,

E sim tirar os pés do chão.

O importante não é viver,

E sim amar e ser amado.

O importante não é sonhar,

E sim realizar-me ao teu lado...

E que os dias sejam sempre assim, Felizes...

terça-feira, agosto 12, 2008

Vida de cão


UM CÃO SARNENTO ME OLHA,
COM UM OLHAR DE ABANDONADO.
TRAZ EM SI MARCAS
DA VIDA,
MARCAS QUE MOSTRAM REJEIÇÃO,
ABANDONO...
NO OLHAR,
TRISTEZA.
NO CORAÇÃO, CHAGAS.
MAS NA ALMA, ELE DEMONSTRA PAZ...
OLHO
PRA ESTE CÃO COM OLHAR DE REPULSA.
MAS O QUE ME INCOMODA, É QUE ELE FAZ O
MESMO.
FAÇO UM GESTO PRA ESPANTÁ-LO,
MAS O SACRIPANTA ME IMITA NO GESTO.
QUASE COMO SE SOUBESSE QUE EU O FARIA,
E SÓ POR DEBOCHE COPIA MEU GESTO.
ME ESPANTEI COM ESTE ATO.
MAS O QUE ME ASSUSTOU MESMO,
FOI QUE O
ANIMAL TAMBÉM FEZ UMA CARA DE ESPANTO.
COMO SE ESTIVESSE A PENSAR:
"MALDITO SER HUMANO, QUE TRIPUDIA SOBRE A MINHA DESGRAÇA,
FAZ TROÇA DE
MIM, E DE MINHA SITUAÇÃO".
NÃO SEI O QUE FAZER COM ESTE ANIMAL.
ELE ME
FASCINA, ME IMPRESSIONA, ACHO QUE TENHO ATÉ AFEIÇÃO POR ELE.
MOSTRO-LHE A
LINGUA, E ELE TAMBÉM O FAZ.
LEVANTO O BRAÇO,E ELE ,A PATA.
ME VIRO DE
LADO E FAÇO MENÇÃO DE IR EMBORA,
O ESPIVETADO FAZ O MESMO...
"QUE DROGA"
PENSO EU, "ESTE POBRE DIABO VAI DAR A ME SEGUIR AGORA..."
"QUE CÃO MALDITO"
FALAMOS JUNTOS E AO MESMO TEMPO...
"MEU DEUS, ESTE CÃO SOU EU..."

terça-feira, junho 10, 2008

Poesia Folgazã...


No canto do meu quarto
Na bagunça do meu coração
Meu violão meu companheiro
Meu brinquedo folgazão.
Feito de fita e laço
De madeira e corda de aço.
De poesia e canção...

E o meu barco de papel
Que quer se lançar ao céu
Pensando ser avião
Ainda não conhece o mar
Que minha alma vai lavar
E banhar meu coração
Este pobre maltrapilho
Este feliz folgazão

Onde quer chegar? Pergunto
Não sei onde vou parar, é só o que posso dizer...
Só vento pode me levar
Tenho muitas asas para voar
E sinto sua falta que já não sei o que fazer...

E da saudade uma parte que entristece o coração.
Uma lagrima que cai e sozinha
Rola o rosto e vai ao chão.
Enquanto isso, ela teima e faz arte
Brinca com a luz e reparte
Um arco Iris em canção
Que em parábola se faz
Daqui ate onde estás
Minha irmã e meu irmão...

Que de rosto pintado
E chocalho na mão
Com jeitinho de boneca
E vestido de laço e fita
Vai encantando a multidão

Ao seu lado está o palhaço
Que de tambor na mão.
Rodeando a boneca,
Conquistou-lhe o coração

E assim ganharam o mundo
Com sua trupe de festa e encenação
Levando alegria ao mundo
Deste povo folgazão...